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por Estado de Minas
O policial militar de 36 anos preso em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após executar a tiros um motorista de ônibus do transporte coletivo urbano, de 41, foi levado para uma unidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A informação foi confirmada à reportagem pela assessoria da Polícia Civil nesta sexta-feira (16/6). 
 
Embora o policial tenha cometido o crime quando estava de folga e utilizava trajes civis — conforme diz a assessoria da PM — , a prisão dele em um batalhão da instituição segue “prerrogativa legal”, segundo pontua a Polícia Civil, destacando ainda que o PM  foi preso em flagrante pelo crime de homicídio.  

“A PCMG esclarece que o inquérito policial segue em tramitação com a realização de todas as diligências necessárias a fim de apurar a motivação e as circunstâncias que permeiam o crime”, destaca trecho da nota da Polícia Civil mineira. Leia na íntegra no fim da reportagem. 
 

O crime

Segundo o registro da ocorrência, o próprio militar acionou a polícia por telefone afirmando que “havia acabado de matar um homem” no bairro Bela Vista e estava na delegacia da Polícia Civil na cidade para se entregar. A polícia apreendeu um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas e outras seis intactas. 
 
Em depoimento, o policial contou que vinha sofrendo ameaças e perseguição por parte da vítima. Ele disse ainda que resolveu ir até o ponto de mototáxi, onde solicitou um veículo para seguir o ônibus. Em determinado momento, o PM pediu ao mototaxista para parar, quando iniciou os disparos.  

 
O policial disse que, em seguida, entrou em um carro parado nas proximidades, já com as portas abertas e a chave na ignição, e se deslocou à delegacia para confessar o assassinato. A PM apurou que o automóvel utilizado pertence a outro homem que trabalhava na região. O veículo foi encontrado perto da rodoviária de Brumadinho e entregue ao proprietário. 
 
Segundo a sogra do policial, de 60 anos, há aproximadamente 15 dias, a casa da filha dela e do genro estava sendo “visitada” diariamente, principalmente à noite, por motoqueiros, que estariam intimidando a família. A suspeita é de que a vítima não aceitava o fim do relacionamento com a atual mulher do policial.
 

Nota da Polícia Militar 

Em nota, a Polícia Militar pontuou que o caso se trata de um "crime comum" e não militar, pois a ocorrência foi registrada quando o policial estava de folga. Leia na íntegra: 
 
"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informa que a ocorrência envolve policial da ativa, de folga e em trajes civis, o que caracteriza crime comum e não crime militar, estando as investigações a cargo da Polícia Civil. O policial, que portava arma particular, se entregou à PC. A PMMG esclarece, ainda, que acompanha o caso e que as medidas administrativas cabíveis  serão adotadas pela instituição."

O que diz a Polícia Civil 

"Acerca do homicídio ocorrido na tarde de ontem (15/6), no bairro Bela Vista, em Brumadinho, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que, assim que acionada, direcionou perícia oficial ao local dos fatos para realização dos primeiros levantamentos. O corpo da vítima, um homem de 41 anos, foi encaminhado ao Posto Médico-Legal, em Betim, para exames de necropsia, sendo liberado na noite de 15/6. O homem de 36 anos teve a prisão em flagrante ratificada pelo crime de homicídio e, por prerrogativa legal, foi encaminhado para uma das unidades da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A PCMG esclarece que o inquérito policial segue em tramitação com a realização de todas as diligências necessárias a fim de apurar a motivação e as circunstâncias que permeiam o crime."
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