Na quinta-feira (15/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que a economia do Brasil tem potencial para crescer mais de 2,5% neste ano. Ele também expressou sua convicção de que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ultrapassar as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 0,9% de crescimento. A razão, segundo Lula, são as políticas do governo que visam a recirculação de dinheiro entre a população.
Em entrevista a rádios de Goiás, o presidente afirmou: "Vamos crescer acima de 2%, de 2,5%, e se ocorrer o que estou pensando, podemos até crescer um pouco mais, porque a primeira coisa que fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando corretamente. Ou seja, políticas sociais que irrigam dinheiro na base deste país, para o pequeno produtor, para o pequeno empreendedor, para as pessoas do Bolsa Família, para as pessoas que estão na Previdência Social esperando na fila para se aposentar. Ou seja, esse dinheiro começou a voltar, inclusive voltar o dinheiro para a cultura".
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Em abril, o FMI reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para 0,9% em 2022, abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe. No relatório anterior, de janeiro, a previsão era de 1,2%.
O presidente também criticou o nível atual da taxa básica de juros, a Selic, que é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central (BC) para atingir a meta de inflação. Ele argumentou que a taxa de juros de 13,75% ao ano é injustificável com uma inflação de 4,5%. Lula mencionou o programa Desenrola, lançado pelo governo para renegociar pequenas dívidas da população, e afirmou que é necessário ajudar as pessoas endividadas para que possam voltar a consumir.
Lula destacou a importância de recuperar a capacidade de geração de empregos, pois as pessoas querem viver do seu trabalho. Ele reforçou que o país voltará a crescer, gerar empregos e aumentar o salário mínimo.