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Cerca de 30 representantes de grandes empresas do varejo se reuniram nesta quarta-feira (14/) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e membros do governo no Palácio do Planalto. Após o encontro, Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), expressou preocupação com a taxa básica de juros (Selic, atualmente em 13,7% ao ano) e manifestou expectativa de uma 'regressão' no curto prazo. Segundo ele, iniciativas governamentais benéficas ao setor dependem dessa redução.Gonçalves Filho também mencionou possíveis melhorias no setor varejista no segundo semestre, sem fornecer detalhes adicionais. A elevada taxa de juros, alvo frequente de críticas por parte de Lula e seu governo, foi discutida durante a reunião. 'Percebemos que há dificuldades em alguns programas governamentais devido aos juros. Temos a expectativa de que a questão dos juros sofra uma regressão em breve. Sabemos que o Banco Central possui seu rito para isso acontecer, mas observamos que diversos programas benéficos para o varejo e o mercado também dependem disso', afirmou aos jornalistas no Planalto.Leia: Conheça os empresários mineiros que vão à China com LulaEle acrescentou: 'Há a expectativa de que, com as medidas que acreditamos estar próximas, teremos uma retomada no segundo semestre. São medidas voltadas ao crédito, investimento em outros setores que têm impacto no varejo e infraestrutura, por exemplo. O presidente falou bastante sobre isso'. Uma das principais propostas de Lula para seu terceiro mandato é o novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), que ainda não foi implementado. O presidente anunciou nesta semana que, a partir de 2 de julho, o governo deve lançar um programa de obras.  O vice-presidente Geraldo Alckmin também comentou a taxa básica de juros após a reunião, destacando seu impacto negativo na atividade econômica e no emprego. Segundo ele, outros dois temas foram abordados no encontro: lealdade concorrencial e reforma tributária. No primeiro caso, foi discutido um plano de conformidade elaborado pela Fazenda e pela Receita, com a colaboração de representantes do setor, para coibir empresas de varejo que sonegam impostos. A questão ganhou destaque recentemente com casos envolvendo grandes empresas como Shein e Shopee.Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) também estiveram presentes na reunião. O setor varejista criticou o governo Lula pelo recuo na taxação de remessas internacionais entre pessoas físicas. Em abril, após muita repercussão e cobranças, a equipe do ministro Fernando Haddad desistiu de eliminar a isenção de até US$ 50 para remessas entre pessoas físicas. A medida, agora arquivada, visava taxar importações chinesas que chegavam ao Brasil por meio de remessas entre pessoas físicas, evitando a tributação.Sobre a reforma tributária, Jorge Gonçalves Filho afirmou que o setor apoia a proposta. Participaram da reunião nomes como Frederico Trajano e Luiza Trajano, do Magazine Luiza; Sérgio Herz, CEO da Livraria Cultura; Ronaldo Pereira Júnior, CEO da Ri Happy; Marlene Fernandez, vice-presidente de relações governamentais do McDonald's; Antônio Carlos Pipponzi, presidente do conselho de administração da Raia Drogasil; e Artur Grynbaum, do Grupo Boticário, entre outros. A reunião ocorreu após a comissão do Senado aprovar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores, medida que enfrenta resistência por parte da equipe do ministro Fernando Haddad. Gonçalves Filho e Alckmin afirmaram que o tema não foi discutido na reunião desta quarta-feira no Planalto.
Cerca de 30 representantes de grandes empresas do varejo se reuniram nesta quarta-feira (14/) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e membros do governo no Palácio do Planalto. Após o encontro, Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), expressou preocupação com a taxa básica de juros (Selic, atualmente em 13,7% ao ano) e manifestou expectativa de uma 'regressão' no curto prazo. Segundo ele, iniciativas governamentais benéficas ao setor dependem dessa redução.

Gonçalves Filho também mencionou possíveis melhorias no setor varejista no segundo semestre, sem fornecer detalhes adicionais. A elevada taxa de juros, alvo frequente de críticas por parte de Lula e seu governo, foi discutida durante a reunião. 'Percebemos que há dificuldades em alguns programas governamentais devido aos juros. Temos a expectativa de que a questão dos juros sofra uma regressão em breve. Sabemos que o Banco Central possui seu rito para isso acontecer, mas observamos que diversos programas benéficos para o varejo e o mercado também dependem disso', afirmou aos jornalistas no Planalto.
Ele acrescentou: 'Há a expectativa de que, com as medidas que acreditamos estar próximas, teremos uma retomada no segundo semestre. São medidas voltadas ao crédito, investimento em outros setores que têm impacto no varejo e infraestrutura, por exemplo. O presidente falou bastante sobre isso'. Uma das principais propostas de Lula para seu terceiro mandato é o novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), que ainda não foi implementado. O presidente anunciou nesta semana que, a partir de 2 de julho, o governo deve lançar um programa de obras.
 
 

O vice-presidente Geraldo Alckmin também comentou a taxa básica de juros após a reunião, destacando seu impacto negativo na atividade econômica e no emprego. Segundo ele, outros dois temas foram abordados no encontro: lealdade concorrencial e reforma tributária. No primeiro caso, foi discutido um plano de conformidade elaborado pela Fazenda e pela Receita, com a colaboração de representantes do setor, para coibir empresas de varejo que sonegam impostos. A questão ganhou destaque recentemente com casos envolvendo grandes empresas como Shein e Shopee.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) também estiveram presentes na reunião. O setor varejista criticou o governo Lula pelo recuo na taxação de remessas internacionais entre pessoas físicas. Em abril, após muita repercussão e cobranças, a equipe do ministro Fernando Haddad desistiu de eliminar a isenção de até US$ 50 para remessas entre pessoas físicas. A medida, agora arquivada, visava taxar importações chinesas que chegavam ao Brasil por meio de remessas entre pessoas físicas, evitando a tributação.

Sobre a reforma tributária, Jorge Gonçalves Filho afirmou que o setor apoia a proposta. Participaram da reunião nomes como Frederico Trajano e Luiza Trajano, do Magazine Luiza; Sérgio Herz, CEO da Livraria Cultura; Ronaldo Pereira Júnior, CEO da Ri Happy; Marlene Fernandez, vice-presidente de relações governamentais do McDonald's; Antônio Carlos Pipponzi, presidente do conselho de administração da Raia Drogasil; e Artur Grynbaum, do Grupo Boticário, entre outros.

A reunião ocorreu após a comissão do Senado aprovar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores, medida que enfrenta resistência por parte da equipe do ministro Fernando Haddad. Gonçalves Filho e Alckmin afirmaram que o tema não foi discutido na reunião desta quarta-feira no Planalto.


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